quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Michel Odent no Brasil


Michel Odent em Juiz de Fora para o
Encontro Nacional pela Humanização do Parto e Nascimento.
Uma promoção da ReHuNa e dos Amigos da Casa de Parto de Juiz de Fora com a apoio de diversas entidades e instituições de defesa do parto Humanizado.


Local: Colégio Stella Matutina

Av independência (que é bem central e conhecido)

Dia: 16 e 17 de novembro
Inscrições: uma taxa simbólica de apoio ao movimento de 20 reais para profissionais e 10 reais para estudantes e comunidade em geral.
Feira de Parto Humanizado - O evento terá início no dia 16/11 às 16 horas com a abertura de uma Feira de Parto Humanizado. Podemos disponibilizar mesas em local coberto para a colocação de venda de produtos de cada entidade. Podem ser livros, slings, camisas, adesivos, roupas, serviços. O que quiserem. A feira contará tb com eventos culturais que antecederão a abertura oficial do evento às 18h com fala das autoridades. Entre estas autoridades já estão confirmados a Daphne e o Dr. Ivo do Sofia Feldman.
No dia seguinte o evento será das 8h às 16h3o - Horário que sairemos do evento e iremos conhecer a Casa de Parto de Juiz de Fora e faremos o encerramento do evento.

domingo, 4 de novembro de 2007

*** Cesárea x Parto Natural ***

Um é evento; outro é processo.
Um é conhecido; outro é insondável.
Um é previsível; outro toma de assalto.
Um é massificado; outro é exclusivo.
Um deixa marca visível na pele; outro deixa marca invisível na alma.
Um é voz passiva; outro é voz ativa.
Um é descrito; outro é mistério.
Um é fazer a minha vontade; outro é submeter-me à vontade de alguém.
Um é comandar; outro é deixar-se levar.
Um é pressa; outro é paciência.
Um modifica; outro transforma.
Um é escolha própria; outro é deixar outro escolher.
Um corta; outro se abre.
Um é ordinário; outro é extraordinário.
Um é cirúrgico; outro é normal.

por Carmem Cecília C. Galvão Menezes
(trecho extraido do orkut da Helena Junqueira)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Parir

Não é difícil e nem dói tanto como se diz. Coragem precisa e um pouco de medo também. Muita coragem e medo nenhum é fingimento; afinal coragem nada mais é do que camada sobre camada de medo costurado em busca de solução. Agora, medo a ponto de encolher queixo, subir ombros e juntar joelhos já é perplexidade, o justo lugar onde tudo trava e nada acontece.Se estiver no teu poder, apenas escolhe o que quer e faz acontecer. Se for demais tal nobreza, gritar pode, xingar também, quem quiser e do jeito que puder. O momento não é de meias verdades, meios sorrisos, mas de máxima inteireza.Bem no começo é provável que te prepares para fazer força, mas logo perceberás que a força impede a entrega total do teu cérebro para o teu corpo. E assim te soltarás, livre do que vem de fora e presa apenas aos desígnios de tua natureza visceral.Tudo descerá então, porque é assim que deve ser. É o fim e o início de tudo, haverá um mistério enorme; tu vais chegar muito perto de matar e de morrer, te confrontarás com um abismo enorme, estarás sozinha, serás a dona do teu destino e além de não morreres, terás que salvar a ti e a teu filho, com toda a força da tua alma e a soltura da tua carne. Ele sairá de dentro de ti sozinho. Ao recebê-lo, esse ser pequenino e delicado como um bonsai, de tão capaz, não te parecerá indefeso.Tua alma enternecerá e só teu corpo, mestre maior de uma sabedoria ancestral, será capaz de sustentar as singelezas que nascerão de teu espírito. O leite, sossega, virá da brandura da tua alma.
por Claudia Rodrigues jornalista e educadora somática